terça-feira, 16 de novembro de 2010

Diferenças

HáA alguns dias, eu tenho filosofado sobre determinados assuntos, são eles: a chuva, o sol, o mundo e a vida.
Como não tenho nada a falar sobre o tempo e minhas percepções geográficas são demasiado curtas. Vou falar sobre a vida, mais precisamente sobre as diferenças. Eu uso o transporte coletivo com frequência, e toda segunda-feira, quando pego o ônibus, eu vejo um menino e sua mãe. O menino tem algum tipo de deficiência e parece ter sete ou oito anos. Apesar de sua deficiência, o menino está sempre feliz, correndo pelo ônibus, rindo e conversando com as outras pessoas.
Apesar dos gracejos do menino, a mãe dele não parece se divertir nem um pouco; ela está sempre mal-humorada e nunca sorri.Parece-me que esta mulher não é feliz.
Será que ela ainda não encontrou a verdadeira felicidade, ou será que ela está frustrada por ser deficiente?
Se Deus criou todos os seres humanos iguais, porque existe preconceito, se somos todos iguais de carne e osso? Porque será que essa mãe com seu filho deficiente economiza tantos sorrisos se o seu filho não passa de uma criança normal, também de carne e osso.
Somos tão diferentes uns dos outros que deveríamos ficar felizes com as diferenças, porque são as diferenças que nos fazem humanos.
Todos têm suas limitações. Talvez aquele menino do ônibus tenha suas limitações, mas isso não é motivo pare sua mãe não se alegrar ao ver a felicidade dele; afinal, ele é apenas uma criança e, como todo criança, ainda está descobrindo o mundo.