De alguma forma
pertencemos um ao outro
unidos não pelo corpo, mas pelo espírito
Somos amor e ódio
essência de vida
Juntos além dos outros, além de tudo
Sigo te amando porque não há como ser diferente
Mas te deixo
para ser o que é
Porque de outra forma eu não haveria de te amar
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Falso retrato
As nuvens todas vermelhas
são o retrato dos teus olhos
famintos de revolução
Mas em tua mente não há nada
Teu chão é barro seco e quente
é ferro e luta
Você logo se cala
te tiraram a fala
te secaram as lágrimas
E lá do alto se lambuzam
com o mel de falsas abelhas
Envoltos na lã de pobres ovelhas
Pois, só eles podem sonhar
são o retrato dos teus olhos
famintos de revolução
Mas em tua mente não há nada
Teu chão é barro seco e quente
é ferro e luta
Você logo se cala
te tiraram a fala
te secaram as lágrimas
E lá do alto se lambuzam
com o mel de falsas abelhas
Envoltos na lã de pobres ovelhas
Pois, só eles podem sonhar
Brasa da areia
Ele a beijou
no silêncio de quem toca a alma
No clamor
das línguas não compreendidas
A tocou com doçura
no calor do descobrimento
Se estenderam
na imensidão da terra e do mar
Eram um só
diante da lua apagada
E depois só ficou fogo e essência
lembrança de alegria
no silêncio de quem toca a alma
No clamor
das línguas não compreendidas
A tocou com doçura
no calor do descobrimento
Se estenderam
na imensidão da terra e do mar
Eram um só
diante da lua apagada
E depois só ficou fogo e essência
lembrança de alegria
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