quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O amor do poeta

Acho que sou
apenas uma criança tola

Para mim o amor é o universo
e me ensinaram que o universo é infinito

Me arrisquei no mundo das palavras
dancei com alguns versos

Tive medo de não voltar
e deixa-lo sozinho
como pude ser tão bobo?

Você esta em cada linha
sua essência permanece em cada palavra
o seu toque que compõe meus versos

E enquanto eu puder imaginar
 mais algumas belas estrofes
sorrir com algumas palavras
sempre estaremos um com o outro


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Meu avô

Me disseram que você tinha olhos claros
cresci sabendo que você bebia

Como por religião
eu acreditava que você não era santo

Um bom homem diziam
e eu acreditava nisso sem espanto

Até depois de morto suas histórias são engraçadas
Mas como eu poderia saber?

Já que só você me conhecia
já eu nunca tivera esse prazer

Você morreu naquele dia
um acidente me disseram até hoje

Porém desde pequenina eu já sabia
morreu porque bebia

Marcos e Sofia

O confronto daquela noite tinha sido intenso.  As lagrimas secaram no rosto de Sofia e ela não sabia para onde ir, cada parte da alma dela estava com ele, e ela vivia pra ele e por ele, e naquele minuto ela não sabia para onde ir.
Marcos levantou-se e pegou um copo no armário  por um instante ele pensou em café, mas foi logo seduzido por uma garrafa de vodca em cima do armário, despejando o liquido transparente dentro de um copo, bebeu um gole exagerado que o fez tossir e depois foi até o canto do quarto e ofereceu a Sofia, ela não parecia bem , estava toda encolhida e pesadas lagrimas corriam sob a face dela. Por alguns minutos ela o olhou nos olhos, mas estava ferida demais para continuar a faze-lo:
-Desculpa. Ele murmurou baixinho,ela queria desesperadamente dizer não, dizer que não aguentava tudo aquilo,dizer que queria ficar sozinha. Mas ele parecia estar com medo também, ela se levanto ignorando o copo de vodca e o pedido de desculpas e foi até o chuveiro e o ligou,  a água fria bateu com violência nos ombros dela.  Marcos entrou de fininho no chuveiro, prendeu seu corpo gelado ao dela que ardia febril , por alguns instantes ele sentiu o cabelo de Sofia roçar em sua pele, e depois se lembrou daquela noite, de como havia gritado com ela e aquilo o cortou por dentro, ela naquele momento tão quieta e tão frágil, ele não podia acreditar que tinha tido coragem de magoa-la.
Ele a tirou do chuveiro, e a carregou no colo até a cama e a fez dormir com uma velha canção de ninar, a vodca havia deixado Marcos sonolento e então ele deitou ao lado dela, aproveitando cada detalhe do corpo e do cheiro de sua amada, Sofia fingia dormir, mas sabia que ele estava ali acordado só a presença dele a deixava embriagada e ela perdia o controle.
Naquele dia não houve beijos, os lençóis não foram arrancados na cama e também não houveram ''Eu te amos'' ditos aos gritos, apenas  uma vago silêncio, Marcos naquele dia muito pensou em como não perde-la e Sofia pensou muito em como perdoa-lo
Nenhum dois parecia conseguir dizer alguma coisa, Sofia o amava muito e Marcos simplesmente não conseguia viver sem aqueles negros olhos de Sofia, ele a beijou e acariciou as bochechas dela como sempre faziam. "Meu deus eu te amo tanto'' ela pensou,  em seguida vestindo apenas um gorro de lã ela pegou sua bolsa e partiu.