sexta-feira, 29 de julho de 2016

O nome dela

Ah se você soubesse como eu te quero agora!

Como cada metade do meu corpo se une pra te buscar
A minha parte do universo está em você
Um misto de tudo e nada
Um ar para os pulmões
a harmoniosa ilusão


Queria não te querer
E como te quero tanto
Me parece impossível não crer


Tanto faz o gosto 
O sal amargo ou a doçura da fruta
quero ainda sentir o teu gosto

Te quero acima do mundo
e tão acima que o grito se faz mudo

A ilusão de ti se faz verdade
Verdade que perdi mentindo
e de mentir perdi a metade

Te querer sim
É padecer na cama
É abandonar as roupas no chão
e o coração da lama 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

"Apaixonamento"

Me diga
quanto tempo tens
Que eu te compro uma passagem
E te sigo até o céu


Me diga
quanto custa a eternidade
Que eu pagarei com grãos de areia
alguns momentos teus

Me tome pela mão
e explore o paraíso
Que eu não preciso de motivo nem pra sonhar
nem pra sorrir


Vista aquela tua blusa nova
mas não te demora
Que amanhã
ainda estarei no mesmo lugar


Me aponte
onde está a ilha da felicidade
Que eu faço uma jangada só pra gente navegar


Me ensina 
onde tu mora
que dia desses
não perco a hora
construo uma casa só pro nosso amor morar

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Como diria Camões...

Teu peito , depois do ato, ressona levemente como se a cadência do teu respirar embalasse meus sonhos. Meus olhos ainda abertos, fitam seu rosto cansado, porém feliz. A cama com os lençóis amarrotados denotam marcas de amor e o quarto na penumbra , subitamente parece ter se tornado um palácio.
Eu sei,é cafona falar de amor, chega até ser traição dizer que te amo enquanto tu repousa  em meus braços. Foi essa noite, quanto teu calor queimou minha pele e teu gozo marcou minha alma que eu percebi que nada é mais puro que o sorriso dos teus lábios e que nada é mais macio que o toque dos teus dedos.
Meu coração dança quando eu te encontro, vou ao céu e ao inferno em questão de minutos. Descobri que de fato  "o amor é o fogo que arde sem se ver " como diria camões e que meu amor por ti arde e queima meu peito.
Teu amor se tornou minha fé, em teu toque renasceu minha alma.
(...) queria eu cantar imagens sobre o céu e a terra enquanto te embalo com a voz de ninar. Queria eu afagar teus cabelos e te ver correr pelas ruas como se não existissem carros ou bombas, como se a fumaça no céu fosse neblina pela manhã. 
Sou alguns filhos sem mães. Sou todas essas mães de asas quebradas que viram seus filhos lutarem ferozmente contra o mar , com os olhinhos fechados e os bracinhos cansados. Sou a alma que caminha entre aqueles que não tem céu nem terra, que já não podem andar ou cantar canções de ninar.
Não conheço a paz de um sono tranquilo, seria mais fácil dizer que nunca conheci a paz. Eu sou pai e mãe. Já não tenho pai nem mãe, nem terei filhos. Não pude ser filho.
As fronteiras brilham a fronteira do meu juízo . Eu que não permaneci nem mudei ou parti, também não conheci um lar.
Sei que aqui jamais estarei, que esse Deus não me deixou terra no mundo nem ouro nas mãos e muito menos amores para o meu coração.

Do lado contrário

É aqui sentada no vazio do só que eu escrevo alguns versos:

Imagino teus contornos
avessos no espaço
A constância do teu silêncio
é a margem da loucura 

Tua silhueta faz uma linha
entre a realidade e o imprevisível
Teus beijos são o próprio tempo-espaço
fundidos na tranquilidade do bem querer

A carne é um sentimento de calma
misturada ao teu perfume
protegida pelo o que há de ser

Ah! se pudéssemos conhecer a nudez das almas


Haveria a cor e o verso
Haveria a calma de toda a liberdade assistida
Haveria a lembrança dessa falha memória

Seria neste instante
A tranquilidade de um bem querer

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Nada por você

Você fecha os olhos
tudo azul
No fim da tarde
eu assisto de longe
a amargura do teu querer

                   Conheço teu riso
                   teu silêncio
                   tuas distorções

Aqui em casa não tem sala
não tem quarto
não tem vida
nada sem você
nada por você

Você é apenas a flor do meu jardim
a flor dessa cidade
uma flor sem vida

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Agosto

Debaixo do céu de agosto
nossas mãos se entrelaçam
                  nossos corpos se unem

Os dias são azuis
                     Brilhantes
O nosso amor é corriqueiro
quase comum

As vezes eu penso em te perder
te libertar
te deixar ir embora

Teus olhos são sempre brilhantes
teu sorriso é sempre franco

O mundo tem seus limites
desconhecidos

E nesse mês de agosto
                       ainda
Nada mudou